No último discurso em Pernambuco antes de deixar a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chorou por três vezes e soluçou numa delas.
"Se eu falhasse, quem falharia era a classe trabalhadora, os pobres que iriam provar que não teriam competência para governar", disse Lula em festa promovida no Centro do Recife, enquanto enxugava as lágrimas e justificava a cobrança que se impôs após vencer a eleição de 2002. O momento de maior emoção de Lula se deu ao lembrar do seguinte episódio narrado por ele: "Eu lembro que um dia, aqui, uma mulher falou que não ia votar em mim porque eu ia tirar tudo dela. O que eu ia tirar dessa mulher"? Eu falei: "Marisa, estou assustado, que eu fui num barraco e uma pessoa que não tinha nada, tinha medo de mim". Marisa (a primeira-dama) me dizia: “Não desiste que um dia você vai convencer' e isso aconteceu em 2002”.
Em seguida, ouvia-se pelo microfone Lula contendo o choro. Na platéia, dezenas de ouvintes o copiavam. A fala de Lula durou 33 minutos. Cerca de oitenta mil pessoas estavam no Marco Zero, segundo o coronel Eden Vespaziano, da Polícia Militar; 300 policiais participaram do esquema de segurança. Ao escutar a rima do jovem poeta Antônio Marinho, um pouco antes, Lula já havia lacrimejado, passado a mão no rosto várias vezes e franzido a testa. Logo no início do discurso, mencionou a vergonha de chorar. “Uma coisa que admiro no povo é que o povo chora para fora, o povo “cafunga”, lacrimeja e político chora para dentro com vergonha”. Com um rasgo de tempo, foi ele a “cafungar”.
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Fonte: Diario de Pernambuco
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