Entusiasmo na plenária pró-Dilma, em Olinda

quarta-feira, 20 de outubro de 2010 · 0 comentários

Num discurso emocionado e que arrancou aplausos da platéia que lotou o pátio do Convento Santa Tereza, em Olinda, o deputado eleito Luciano Siqueira criticou o baixo nível da campanha tucana: “Não podemos admitir perder essas eleições para a mentira – e vamos vencê-las. Particularmente os mais jovens não podem deixar de se indignar com as baixarias. Vamos eleger Dilma presidente pelo bem da verdade e do povo brasileiro”.

O entusiasmo e o compromisso da militância com a vitória de Dilma no segundo turno ficaram evidentes durante a plenária realizada na noite desta terça-feira, 19. Convocada pela coordenação da campanha Dilma 13, formada pelo PT, PSB e PCdoB, a plenária contou com a presença do prefeito Renildo Calheiros, dos deputados federais eleitos João Paulo e Luciana Santos, dos estaduais Tereza Leitão e Luciano Moura e do presidente estadual do PT Jorge Perez, do presidente do PCdoB Marcelino Granja, além de vereadores e lideranças políticas municipais.

Para o vice-prefeito de Olinda Horácio Reis, é esse compromisso, e não o resultado das pesquisas, que deve orientar a atuação da militância. “É preciso ficar alerta para combater as mentiras e ir às ruas para garantir a vitória da futura e primeira mulher presidente do Brasil”, conclamou. Logo na abertura da plenária, o vice-prefeito convidou o reverendo Daniel, da Igreja Anglicana, para a leitura de uma carta aberta à população de Olinda repudiando a campanha de calúnias e os boatos espalhados pelos adversários que se utilizam da boa fé e da religiosidade do povo brasileiro.

Nossa palavra de ordem é mobilização. Estamos empenhados para que Pernambuco dê à Dilma o melhor resultado do Nordeste. Faremos uma caminhada na próxima sexta-feira que vai parar o Recife”, afirmou João Paulo, para logo em seguida confirmar a vinda de Lula para um comício no dia 28 e anunciar que a coordenação estuda a possibilidade da vinda da candidata antes do encerramento da campanha.

Já a ex-prefeita Luciana Santos destacou as tradições de Olinda com as lutas populares. “Nós não vamos negar fogo. Vamos continuar nas ruas. Essa cidade, que foi berço da nação brasileira, dará uma grande votação para Dilma”.



Campanha combate “telemarketing da calúnia”

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Eleitores e eleitoras de vários estados vêm recebendo diariamente ligações telefônicas com propaganda negativa contra a candidata Dilma Rousseff. Hoje, os advogados da coligação Para o Brasil Seguir Mudando entraram com um requerimento para abertura de inquérito na Polícia Federal, que vai apurar as denúncias e apontar os eventuais responsáveis.

A intenção é identificar os responsáveis pelo serviço de telemarketing, cuja ação configura crime eleitoral por conta das calúnias e difamações ditas nos telefonemas. Até agora, a campanha de Dilma recebeu dezenas de denúncias sobre ligações para vários estados, entre eles Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Todas as pessoas informaram que o número de telefone que faz as ligações tem código 48, da região de Florianópolis (SC). O "telemarketing da calúnia" foi denunciado na semana passada por meio de uma reportagem dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas. Trata-se de um novo procedimento dos adversários de Dilma, que espalharam uma série de boatos por e-mails e panfletos contra a candidata nos últimos meses.


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Cultura Hip-Hop: Mano Brown vota em Dilma e diz, “povo não quer ser tratado como gado”

segunda-feira, 18 de outubro de 2010 · 0 comentários

O rapper Mano Brown, dos Racionais MC´s, gravou depoimento de apoio à petista Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República. Segundo Brown a vitória de Lula significou “o marco de ver um operário, um nordestino, um homem do povo ser ser aquilo que a gente quis que ele fosse”. Para o rapper, agora é preciso votar em Dilma para ela continuar as mudanças promovidas em seu governo.

De acordo com Brown, o segundo mandato de Lula visto das ruas marca o momento em que as coisas começaram a acontecer, se transformar: “parecia até um sonho, um milagre”. “Tudo que eu acreditei desde a minha adolescência e tal, ele honrou, ele vingou. Eu acompanhei”, comenta.

Ele defende que Dilma é quem tem condições de dar continuidade ao projeto de desenvolvimento do Brasil, onde as pessoas sejam tratadas como gente e não como “gado”, como “número”.

Eu vou votar na Dilma, certo? Fechou”, diz em vídeo produzido pelo PT. O rapper acredita que o melhor caminho para o “trabalhador” e para “povo sofrido” é dar continuidade ao que o Lula fez e a melhor alternativa é Dilma. “A massa, a maioria necessita de alguém que tenha sentimento por eles, que os veja não como número, como gados”.


Por Elaine Mafra, São Paulo.


Veja abaixo o vídeo:

PF apreende panfletos contra Dilma em gráfica de tucana

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A Polícia Federal apreendeu neste domingo (17), por determinação da Justiça Eleitoral, cerca de um milhão de panfletos que incitam voto contra a candidata à Presidência Dilma Rousseff — da coligação Para o Brasil Seguir Mudando. O material cita a posição favorável à descriminalização do aborto como argumento contra da candidata.

A gráfica que imprimia os jornais pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra (PSDB), Sérgio Kobayashi. Arlety Satiko Kobayashi é dona de 50% da Editora Gráfica Pana Ltda, localizada no Cambuci, na capital paulista. A empresária é filiada ao PSDB desde março de 1991, segundo registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O ministro do TSE Henrique Neves concedeu liminar para a apreensão do material atendendo a representação do PT para apuração de crime de difamação. O partido também pede investigação sobre quem pagou pela impressão.

O coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra disse que o fato de sua irmã ser sócia da gráfica Pana é uma coincidência. A assessoria da campanha de Serra negou qualquer relação entre o candidato e a produção dos panfletos.

"A campanha de José Serra não aceita a insinuação de conluio de qualquer tipo entre a atividade eleitoral e a Igreja Católica. É um desrespeito à Diocese de Guarulhos e à própria Igreja imaginar que possam ser correia de transmissão de qualquer candidatura. A Igreja Católica não é a CUT", diz a nota.

Responsável pelo contato com a gráfica, Kelmon Luís de Souza afirmou que encomendou 20 milhões de panfletos em nome da diocese e que o dinheiro para a impressão veio de "doações pesadas de quatro ou cinco fiéis". O panfleto é o mesmo distribuído na terça (12) em Aparecida (SP), pregando voto em candidatos que são contra o aborto nas eleições 2010.

As peças contêm o logo da CNBB, assinaturas eletrônicas de membros importantes da entidade e ataques ao PT, ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à Dilma. Nelas, o partido é acusado de "comprometer-se a legalizar o aborto", "reconhecer o aborto como direito humano da mulher", e "descriminalizar o aborto até o nono do mês de gravidez".


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Sem surpresas, debate na Rede TV! favorece Dilma

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Quem esperava pelo “confronto duro” anunciado pela grande mídia se frustrou. De bloco a bloco, o segundo debate televisivo entre Dilma Rousseff e José Serra, neste segundo turno das eleições presidenciais, lembrou mais o poema de Mário de Andrade e, sem surpresas, foi “sempre um cauteloso pouco-a-pouco”.

Promovido pela Rede TV! e pelo jornal Folha de S.Paulo, na noite deste domingo (17), em Osasco (SP), o encontro acabou por beneficiar Dilma – sobretudo por ter acrescentado pouco à campanha. A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando não foi tão contundente como no debate anterior, na TV Bandeirantes, uma semana atrás – mas tampouco Serra brilhou.

Por insistência de Dilma, o tema que dominou o embate deste domingo foi o das privatizações. A candidata lembrou o legado privatista dos oito anos de governo FHC (1995-2002) e da gestão de Serra como governador de São Paulo (2007-2010). Quando, por exemplo, a estatal paulista Gás Brasiliano estava prestes a ser vendida para a Petrobras, Serra interveio para privilegiar concorrentes estrangeiras.

Fala-se de um jeito. Agora, age-se de outro”, disse Dilma sobre um Serra que tentou encarnar a persona de defensor histórico da Petrobras, desde quando “a empresa era adolescente”. O tucano chegou a afirmar que “o governo Lula a Dilma fizeram mais concessões a empresas privadas do que o Fernando Henrique”, mas Serra não justificou tamanho despautério. Teve de justificar, sim, a acusação de Dilma segundo a qual o governo FHC queria rebatizar a Petrobras “no intuito de agradar o mercado internacional para captar dinheiro”.

Serra variou os temas, ainda que suas perguntas partissem invariavelmente da falsa premissa de que o Brasil está abandonado pelo governo federal. Suas perguntas a Dilma questionaram a atuação do governo Lula em saúde, educação, segurança, infraestrutura e combate às drogas, entre outros temas. Nas respostas, réplicas e tréplicas foi que a tática serrista não se alterou. O presidenciável tucano, sob orientação do marqueteito Luiz Gonzales, formatou suas intervenções de olho na propaganda eleitoral – o que colaborou, e muito, para a monotonia do debate.

Calculando até demais certas palavras, Serra não se cansou de repetir slogans, mantras e promessas de sua campanha no rádio e na televisão. Soou como mais do mesmo – um saldo desfavorável para quem está atrás nas pesquisas de intenções de voto. Serra também reclamou que Dilma “só fala de São Paulo”, como se fosse “candidata a governadora”.

Foi a forma de o tucano dizer que evitaria discutir a aprovação automática, a Cracolândia, o PCC e outros cânceres alastrados nos sucessivos governos do PSDB no estado. “O esporte preferido do PT é falar mal de São Paulo”, dissimulou o Serra. “Não, eu tenho admiração pelo povo paulista, que é um povo trabalhador”, respondeu Dilma. “Não confunda a inteligência do povo paulista com as falhas do seu governo.”


Por André Cintra, da redação do vermelho.org

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Fonte: www.vermelho.org

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