PESQUISA CIENTÍFICA: QUESTÃO ESTRATÉGICA DE SOBERANIA NACIONAL E LUTA PELO SOCIALISMO.

sexta-feira, 31 de julho de 2009 ·

Por Alexandre Alves
Colunista


A afirmação propositiva “O fortalecimento da nação é o caminho, o socialismo é o rumo!” condiz com as ementas do Programa Socialista para o Brasil em debate do temário do nosso glorioso 12º Congresso. O conteúdo programático denominado como Novo Plano Nacional de Desenvolvimento (NPND) expressa o salto qualitativo de desafios para o Partido e as forças progressistas e democráticas nacionalistas sem atributos de natureza chauvinista e ou preconceituosa com os povos. Mais o Brasil pelas suas características aponta para a possibilidade de uma liderança Internacional progressista e um grande guarda-chuva dos países das Américas Central e do Sul.

Entrando na nossa temática, senti falta no Programa um ponto sobre a Pesquisa Cientifica no Brasil. O mundo encontra-se no processo de revolução científica silenciosa. Quero destacar a NANOTECNOLOGIA – técnicas de manipulação de partículas nanométricas: átomos, moléculas e a até mesmo reengenharia de matérias nessa escala capazes de promover transformações antes só percebidas em filmes de ficção científica. Esses materiais de grandes aplicações na Indústria em geral com destaque na farmacêutica, na agricultura e na engenharia genética etc. revolucionará o mundo num futuro próximo. Avalia-se que o mercado abocanhará entre 2011, e 2012 a quantia de um trilhão de dólares segundo a (US National Science Foundation – NSF, 2004). Um exemplo ilustrativo:

A nossa meta nos próximos trinta anos é ter um controle tão apurado sobre a genética dos sistemas vivos que em vez de fazer crescer uma árvore, cortá-la e fabricar uma mesa a partir dela, seremos finalmente capazes de “fazer crescer” a própria mesa. – Rdney Brooks, diretor do Laboratório de Inteligencia Artificial, MIT.Grupo ETC,p.15,2005.

Segundo o Grupo de Ação sobre Erosão, Tecnologia e Concentração ETC o investimento em nanotecnologia no mundo em 2004 foi de US$ 8,6 bilhões, que há mais cientistas trabalhando em Pequim do que em todo o oeste da Europa. Os países ricos da Europa , os Estados Unidos e o Japão são os maiores investidores nesse campo.

A nova riqueza que acumula em uma ponta é normalmente mais do que contrabalançada pela pobreza que se espalha na outra ponta .... o rico se torna mais rico, com soberba, e o pobre se torna mais pobre sem ter cometido nenhuma falta. Carlota Perez, aluna visitante, pesquisadora Senior, Cambridge University, escrevendo sobre revoluções tecnológicas, ETC,p.21,2004.


Não cabe aqui distender detalhes, mais no meu entender é imperiosa essa questão na luta pela soberania nacional rumo ao socialismo, a monopolização da pesquisa científica com destaque na genética acarreta sem dúvida a dominação imperialista. Se não tem como frear esse processo que seria um erro temos que correr atrás.

Olinda, 23 de Julho de 2009.

Alexandre Sérgio Alves - Membro do comitê municipal de Olinda.

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