"Minha bike tem o nome de EXTINTOR"
Existem três formas de luta:
Uma, é a construção coletiva, onde as teses são fundamentadas, explanadas nas devidas etapas e direcionadas para onde se tem convicção, fortalecendo, sobretudo, os argumentos nas falas do adversário, até ceder um pouco, objetivando nessa etapa da guerra, uma vitória.
Lembrar sempre, que numa construção coletiva, às vezes temos que ceder, até certo limite.
Nem sempre conseguimos um caminho a ser direcionado através do diálogo restando apenas à força física, que é a pior opção. É imprescindível tentar até o último segundo, para não percorrer o caminho da violência, haja vista, ser a mesma, a pior opção, embora às vezes se faça necessário.
Se você exaustivamente tentou através da palavra e não obteve resultado, a coisa tende para a força física. O melhor a fazer é parar para uma análise do adversário.
Que tipo de força ele dispõe?
Se for a força do capital, a coisa tende a você perder no primeiro enfrentamento. O certo é não desistir e observar qual o campo que ele atua e se ao acertá-lo, quem vai ficar em situação de risco, poderá se unir ao inimigo, fazendo com que fique com menos força.
Vem então outro questionamento: Quais os seus pontos frágeis?
Talvez não precise levantar o braço para iniciar a batalha. O melhor nesse caso é poupar as energias, centrando as idéias naquilo que você tem como objetivo e esperar a melhor oportunidade para iniciar o confronto. Leve o inimigo a ficar aterrorizado com sua movimentação e não o deixe planejar.
Faça-o permanecer o tempo todo no campo do achismo, sem ter convicção do que você planeja.
Lembre-se do que disse um General que iniciou os primeiros fundamentos da Defesa Civil: “Não são os mais fortes que resistem a um evento adverso, mas os mais preparados”.
Utilize dois aliados que podem ser seus adversários: um é seu conhecimento Meteorológico, o outro, “As mulheres de Tejucupapo”. Sem arma de fogo e arma branca, venceram inimigos experientes, com água quente e pimenta. Segundo estudioso do assunto foi primeira Batalha Química que se tem conhecimento no mundo.
Faça com que ele fique igual ao KIKO, do programa de Televisão CHAVES: “Você me deixa louco!”. Aí o inimigo está no ponto.
Como se conter diante dessa confusão que vai ficar na sua cabeça? Focar, esperando só a hora do ataque. Você vai se sentir cansado, estressado e no limite de tomar uma decisão sem pensar nas conseqüências.
Fortalecer-se até no lazer, funcionando só como um relax, mas entendo que é a terceira forma de luta. A prática de um exercício faz com que saia do foco, sua mente momentaneamente sai do ambiente da luta. Quando isso acontecer, concentre-se, acredite no que está fazendo, estabeleça objetivos, procure sempre se superar e finalmente não ceda à preguiça ou qualquer pensamento que não acredita.
Claro que vou usar a palavra hibernar no sentido de ficar na toca, não no sentido que a palavra propriamente é. “Hibernar é passar o inverno em estado de repouso, sem vegetar, como os espórios, gomos e outras partem de certas plantas”.
Talvez esteja querendo saber o porquê do título BIKE, desse texto. Vou explicar: EXTINTOR é um dispositivo que é utilizado para apagar fogo e o que tem dentro de mim é uma energia que precisa ser contida, pelo menos no momento, hibernando.
É a essa BIKE que agradeço, pois através dela, toda a manhã faz longas caminhadas, preparando a forma física, o meu estado de espírito e o fortalecimento dos princípios que acredito. Posso até afirmar, que ela tornou-se nesses dias, a minha companheira inseparável.
* Maviael Cavalcanti é engenheiro civil, professor da escola de formação municipal do PCdoB e filiado ao partido em Olinda. E-mail: maviael@globo.com
1 comentários:
A luta de idéias (Parte I )
Ao meu querido amigo Maviael do qual tenho muito respeito pela sua firmeza e fidelidade ao Partido e dentre tantas coisas boas nos proporciona reflexões em busca de uma melhor compreensão sobre a dinâmica social. Camarada me permita por gentileza expressar o entendimento que tenho sobre o tema que vc publicou no blog do Partido.
“as três formas de luta”
A natureza é sábia ela é o nosso maior referencial construtivo de pensamentos. A Filosofia Cartesiana ver o mundo como uma engrenagem mecanicista, esquadrada dentro de uma lógica real, veja a mecânica do nosso sistema solar por exemplo. Esse arranjo mecanista nos proporcionou grandes avanços científicos e tecnológicos, no entanto, essa é uma visão finita da dinâmica celeste.
A visão cósmica provavelmente tem como modelo para estudo a teoria quântica no princípio das possibilidades, a Teoria da Incerteza de Heisenberg, isto é, as possibilidades são extremamente amplas e reflexivas, não são determinadas, findas.
Sabemos que existem infinitas curvas, que entre dois números quaisquer existem infinitos números. Quero dizer que existem para tudo infinitas possibilidades. Essa é a grande riqueza do Marxismo - ser DIALÉTCO – semelhante à natureza.
Alexandre Alves
PCdoB-Olinda
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