Transição: Dilma dispensa Meirelles da chefia do Banco Central

quarta-feira, 24 de novembro de 2010 ·

Sem ter falado com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Dilma Rousseff escolheu ontem para o comando da instituição o economista Alexandre Tombini, hoje diretor de Normas e Sistema Financeiro. Além disso, a presidente eleita decidiu nomear Miriam Belchior, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como ministra do Planejamento.

Dilma anunciará hoje os três primeiros nomes da equipe econômica: além de Tombini e Miriam, que substituirá Paulo Bernardo, ela confirmará oficialmente a permanência do ministro Guido Mantega na Fazenda. A presidente eleita decidiu fazer o anúncio agora porque vai viajar e não quer criar incertezas no mercado financeiro. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma participará amanhã, em Georgetown (Guiana), da cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

A escolha de Tombini foi dada como certa no início da tarde de ontem, após longa reunião de Dilma com Mantega, na Granja do Torto. Em conversas reservadas, Meirelles já havia dito que não aceitaria permanecer no cargo se o Banco Central perdesse a autonomia que teve ao longo dos dois mandatos de Lula. Foi, na verdade, uma jogada marqueteira de Meirelles que, ciente de que não permaneceria no cargo, pretendeu deixar a impressão de que sairia porque suas condições não foram acatadas e não porque seu perfil é indesejado pelo futuro governo.


Tripé neoliberal

Nesta quarta-feira (24), Meirelles voltou a ensaiar um discurso de "decisão pessoal" para justificar sua saída do cargo no final do ano. "Foi uma definição pessoal. Posso dizer que estou feliz e realizado, tenho recebido manifestações de apoio. Considerando o momento econômico que o Brasil está, é o adequado para encerrar a minha missão", afirmou.

O presidente do BC também justificou a saída da presidência da instituição. "É uma regra de boa prática de governança dos banco centrais que um presidente dessas instituições não fique mais do que dois mandatos na presidência, o que, no Brasil, coincide com o mandato de presidente da República", declarou.


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